segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ou o homem que vende poemas na rua

Aurora Matinal

"Como na palidez de uma tarde
Outonal, qual monge tibetano
me encerro em mim, ao de leve
meditando... fim de tarde às portas
da noite a solidão é mais negro e mais profano.


E penetrando na noite
baldados que foram os sonhos
de mais um dia de favas contadas
com pezinhos de lã me chega a
deserta madrugada, tão negra e calada,
e eis que rompe a manhã clara e
soberba, e escusados os meus ais, em
frente à natureza agradeço aos Deuses
por mais um dia de vida.


No seu trilho de ave a manhã
clareia, e como fresca flor se 
aquece e me dá ânimo para
que enfrente mais um dia vertical
que eu quisera com horizontes
sob a luz da aurora matinal."

Silvestre

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