Aurora Matinal
"Como na palidez de uma tarde
Outonal, qual monge tibetano
me encerro em mim, ao de leve
meditando... fim de tarde às portas
da noite a solidão é mais negro e mais profano.
E penetrando na noite
baldados que foram os sonhos
de mais um dia de favas contadas
com pezinhos de lã me chega a
deserta madrugada, tão negra e calada,
e eis que rompe a manhã clara e
soberba, e escusados os meus ais, em
frente à natureza agradeço aos Deuses
por mais um dia de vida.
No seu trilho de ave a manhã
clareia, e como fresca flor se
aquece e me dá ânimo para
que enfrente mais um dia vertical
que eu quisera com horizontes
sob a luz da aurora matinal."
Silvestre
segunda-feira, 23 de abril de 2012
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